Zenabor

Zenabor
A busca incessante pelo poder

Capitulo 1 – Começa a história

Olá! Serei o narrador dessa história, farei uma surpresa para vocês, pois contarei uma história nunca antes contada para ninguém, contarei para vocês a história da descendência de um mito, Ogidor Somphoneias rei de Petra a terra dos grandes muros.
Vamos começar contando a história desse rei:
Ogidor era um guerreiro muito habilidoso, famoso pelo seu desempenho nas guerras em que era o comandante do seu exercito, ele teve apenas três filhos homens: Sacul Liede Somphoneias o mais velho, na família dos Somphoneias só os primogênitos tinham esse sobrenome “Somphoneias”, Oirégor Arfam Edemam o do meio e Odranoel Arievilo Otrop o mais novo.
O rei Ogidor recebeu de seu pai Baskerville Somphoneias a espada da família, chamada Zenabor, que tinha algumas propriedades mágicas, que levou Ogidor a ser um homem que nunca foi derrotado em batalha.
Sua mulher era Azira Edemam Otrop que foi sempre fiel a ele e também foi sua conselheira durante o seu reinado.

Seus filhos se especializaram na arte da batalha, transformando-se nos guerreiros de maiores prestígios do reino conhecidos como A Escolta Real.
Sacul se tornou um arqueiro muito habilidoso, diz à lenda que ele conseguia acertar as suas flechas em uma mosca em movimento a oitenta metros de distancia e acertar uma adaga no olho de uma pessoa a vinte metros de distancia. Oirégor se tornou um alquimista, dizem que conseguia remover a eletricidade do ar ao seu redor e usar como uma arma, diziam que ele conseguia até controlar a natureza. Odranoel se tornou um guerreiro temido por muitos ele era famoso por lutar com duas espadas, diz à lenda que ele mais cinqüenta guerreiros lutaram contra um exército de quinhentos e vinte homens dos quais vinte eram oficias de alta patente, sobreviveram a esta guerra apenas seis homens dos quais um era ele e os outros cinco estavam perto dele durante a luta, reza a lenda que ele matou os vinte oficiais e duzentos homens do exército. O rei Ogidor ficou doente durante o maior período de paz do seu reino, cerca de dez anos de paz, já se sabia que o rei iria morrer a qualquer momento, foi quando A Escolta Real fez um conselho para se decidir quem seria dos três filhos o sucessor do rei, infelizmente nessa época os três eram muito jovens para assumir e quem governou foi a mulher de Ogidor a rainha Azira.

Três meses após ela assumir o poder, Ogidor morreu, nesse tempo o reino foi atacado por diversas vezes, todos queriam a Zenabor a espada milagrosa dos Somphoneias. A Escolta Real decidiu esconder a espada para que quando o sucessor escolhido pelo conselho tivesse idade para assumir o reino e recuperar a espada trouxesse de volta a paz para o reino, porém o mais velho Sacul tinha vinte e seis anos e ficou indignado ao perceber que não havia sido o escolhido, pois ele já tinha a idade, mas não disseram a ele onde estava a espada.

Capitulo 2 – O conselho

Então ele convocou o conselho da Escolta Real para falar com eles e saber por que ele não era o escolhido:

- Digam-me porque eu não fui dos três o escolhido, eu sou o mais velho, o mais intrépido, o mais temido, me digam, por que eu não fui escolhido?

- Nos decidimos o que seria melhor para o reino, disse o líder do conselho o cavaleiro Rudgens Berigher, dos três filhos você é o mais inconseqüente e o mais rude e agressivo, nós vimos à maneira como você trata seus subordinados e a sua família, você não é o mais indicado para ser rei, você nos levaria para infinitas guerras, pois é somente isso que tem na sua mente, nós decidimos que o rei será Oirégor, pois ele é o mais sensato dos três o mais inteligente e o mais parecido com o pai de vocês, ele pode não ser o mais temido ou o mais intrépido como você e nem o mais calmo e manso como Odranoel, mas ele é o mais apropriado para o crescimento do reino, já que ele tem um coração bom e procura fazer o bem pelas pessoas que o cercam.

- Vós quereis dizer que eu não serei rei por causa dessa avaliação medíocre que vós fizestes? Pois bem serei eu rei de qualquer forma nem que para isso eu tenha que tomar algum reino e me proclamar rei do mesmo.

Capitulo 3 – O Plano

Logo após esse breve dialogo ele foi para a sala de estar do castelo a procura de seus irmãos, mas só achou Odranoel o irmão mais novo e tentou persuadi-lo:

- Odranoel Vamos comigo tomar o reino e nos proclamar reis.

- Mas, porque eu faria isso? O conselho da Escolta Real já não decidiu quem de nós três será rei? Eu não vejo problema nenhum em ter um de vocês dois como meu rei, eu o obedeceria com compaixão.

- Não entendestes ainda, que o escolhido para ser rei foi Oirégor? Vamos juntos causar uma rebelião e tomar o poder, vamos descobrir onde eles esconderam a Zenabor e juntos nós a acharemos e tomaremos o governo.

- Porque eu faria isso? Oirégor é meu irmão, da mesma forma que eu seria fiel a você eu serei fiel a ele como meu rei!

- Pois bem, irei procurar os que realmente são fiéis a mim e vou tomar este reino à força.

Ele procurou no reino homens fiéis a ele homens dispostos a tomar o reino, ele conseguiu unir vários homens em sua grande maioria arqueiros subordinados a ele nas suas muitas guerras e traçou seu plano:

- Nós vamos atacar o castelo pela entrada Sul a meia noite, entraremos nos aposentos da Escolta Real e mataremos os nove guerreiros.

- Eu achava que eram doze guerreiros, disse o braço direito de Sacul o Leny.

- São treze se contar comigo e meus dois irmãos e com você mesmo Leny, continuando, após matarmos os nove guerreiros pegaremos um de refém para que ele nos diga onde esta a Zenabor, depois que o tivermos como refém entraremos nos aposentos reais e mataremos todos que estiverem contra nós!

- Até sua família? Disse o Leny.

- Se for preciso sim. Respondeu Sacul.

Sacul só não esperava que seu irmão mais novo o Odranoel delatasse a idéia dele para a Escolta Real, que deixou o castelo muito mais protegido. Um mês avia se passado e o plano entrou em ação.
Sacul e seus quinhentos homens armaram tudo, Sacul e mais vinte homens entraram no castelo em total discrição, matando os guardas da entrada Sul com flechas, após a morte dos guardas um dos homens abriu só um terço do portão Sul o suficiente para que eles entrassem. Utilizando seus arcos e flechas Sacul e seus homens mataram os guardas da parte interna do castelo com flechadas de alta precisão em suas cabeças, doze soldados caíram mortos em menos de cinco minutos, Sacul estava achando que tudo daria certo quando os outros onze guerreiros da guarda real apareceram e mataram seus vinte homens por trás degolando-os um a um enquanto Sacul assistia imobilizado por Rudgens, que lhe falou:

- Pois é! Sacul seus planos falharam e você foi capturado, seus amigos abatidos, você será exilado do reino, quero saber o que aconteceu com mais temido e o mais intrépido dos irmãos, acho que você não pode fazer mais nada! Pois bem tu querias, tu conseguiste serás exilado!

- Escreva as minhas palavras Rudgens, vós não tereis paz até eu derrubar este reino. Respondeu Sacul.

- Pois bem, guardas levem-no daqui e o joguem na floresta negra.

Capitulo 4 – A mulher da floresta

Após ter sido banido Sacul em meio à escura madrugada, pensou ter visto alguma coisa em meio à escura floresta.
Quando uma voz distante partindo do meio das árvores o chamou pelo nome:
- Sacul, Sacul, vem aqui, Sacul, tenho muito a te dar.

- Quem é você? Disse Sacul amedrontado armado apenas com suas adagas e com seu arco e flecha.

- Sacul, venha comigo, posso lhe oferecer uma vingança. Disse aquela voz tremula e arrepiante, que aparentava ser varias vozes falando ao mesmo tempo, uma voz esganiçada e amedrontadora.

- Quem é você? Onde você está? Apareça e lute se for capaz. Ele gritava aterrorizado em meio à escuridão.

Foi quando ele viu em meio às árvores não muito distantes dele uma criatura, ela estava apoiada na árvore, ela aparentava ter o corpo de uma mulher, seus olhos eram como os de uma serpente e refletiam com a luminosidade da lua, porém estava muito escuro para que ele pudesse ver algo mais alem disso.

Aquele olhar gélido que até a alma de Sacul sentia frio o perseguia em seu desepero, ele olhou bem para a criatura e a desafiou:

- Quem és tu criatura que me questiona tanto? E apontou seu arco e flecha para a criatura.

- Sou Étnepres, a herdeira da floresta negra. Respondeu a criatura.

- Que queres comigo? Disse Sacul com a sua respiração ofegante, era possível ver em seus olhos que ele estava tomado pelo medo apesar de aparentemente estar concentrado.

- Tenho uma proposta para você...

Capitulo 5 – A proposta

- Não quero saber de nenhuma proposta vinda de um ser da floresta negra, essa floresta é maldita e traiçoeira, todos que ousaram atravessá-la morreram, esta floresta é conhecida por suas criaturas malditas, não aceitarei proposta nenhuma vinda de você criatura, eu nem se quer vejo o seu rosto.

- Eu tenho certeza de que gostarias de saber que posso ajudá-lo a se vingar. Posso te dar um exército e posso acabar com a vida de quem o atormentou, eu sei que te fizeram mal, sei que sofres por isso, posso dar à esposa de seu irmão Oirégor uma doença da floresta, posso trazer Odranoel para dentro da floresta, para que viva aqui para sempre, e posso tirar a vida de Rudgens o líder do conselho que tu tanto odeias.

- É uma boa proposta, mas como saberei que és confiável e que não falas isso para me ludibriar e me levar para sua armadilha?

- Pois bem, se não acreditas em mim, irei me aproximar de ti.

A criatura sai por de traz das árvores lentamente, com um caminhar sedutor, saiu da escuridão e foi para a luminosidade da lua, onde Sacul pôde vê-la melhor, ela era uma criatura muito semelhante a uma mulher formosa, tinha cabelos pretos longos e ondulados, tinha a pele clara, lisa e delicada, ela tinha estatura média, estava descalça, usava roupas feitas de poucos panos o que era incomum para a época, ela tinha um corpo formoso e atraente aos olhos, seu rosto era suave com curvas sensíveis, suas maçãs do rosto eram ligeiramente avermelhadas e delicadas, porém seus olhos eram como os de uma serpente e ainda assim eram belos, verdes, hipnotizantes, sedutores e persuasivos.

- Também tenho os meus motivos para me vingar dessas pessoas, disse a bela criatura, há muito tempo elas já fizeram mal a minha floresta, tentaram me destruir, mas hoje eu tenho a oportunidade perfeita para minha vingança, mas para isso eu precisarei de sua ajuda, eu tenho os castigos da floresta e você tem os meios de aplicá-los.

- Como assim os castigos da floresta? Perguntou o Sacul intrigado.

- Os castigos da floresta são os meios pelos quais vou realizar as minhas promessas, porém eu não poderei pega-los e dá-los a você, apenas uma pessoa pode pega-los por vez, por isso eu posso apenas lhe mostrar onde eles estão. Eu o guiarei.